segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Poeta pinheirense

Canção da praça

A cidade que cabe numa praça
É um pequeno retrato do país.
Se não se dividir em credo ou raça
O povo irá cuidar de ser feliz.

Que a praça não se torne última instância
De mendigos e cães menosprezados,
Mas um canteiro no jardim da infância,
Portal romântico dos namorados.

Se o vermelho de um lenço maragato
Reflorescer em ninhos de cardeais,
Neste Brasil de coração mulato
O ódio, o preconceito nunca mais!

E nunca mais alguém ande sozinho
(a primavera vem, o inverno passa)...
E vozes de criança e passarinho
Cantem versos de amor em nossa praça!

A PRAÇA É BERÇO DE AMOR!
NO CHÃO DA GUERRA
NÃO NASCE A FLOR!

                                                       Delci  Oliveira

Nenhum comentário:

Postar um comentário