Delírio e Febre Alta
Meu coração sobressalta
ignorando algum açoite
e bem na boca da noite
já tenho um assunto em pauta.
E quando ela se faz alta
sempre surge o comentário
no campo do imaginário
pra suprir alguma falta.
Minha alma é sempre grata,
pois, qundo eu abro a porta,
não vejo a tal hora morta
só uma beleza à la farta.
É só delírio e febre alta
quando a matéria não falta
quando a matéria não falta
é só delírio e febre alta.
E no delírio deste taita
tem até toque de anjo
na compostura do arranjo
soprado por uma flauta.
Foi a lua cor de prata
que hoje surgiu airosa
alumbrando minha prosa
com sonhares de sonata.
E o delírio se exalta
quando o violão se ajeita
ganhando a luz perfeita
pra brilhar em serenata.
Carlos Augusto Gantes
Nenhum comentário:
Postar um comentário