sábado, 10 de março de 2012

Momento poético

Delírio e Febre Alta

Meu coração sobressalta
ignorando algum açoite
e bem na boca da noite
já tenho um assunto em pauta.

E quando ela se faz alta
sempre surge o comentário
no campo do imaginário
pra suprir alguma falta.

Minha alma é sempre grata,
pois, qundo eu abro a porta,
não vejo a tal hora morta
só uma beleza à la farta.

É só delírio e febre alta
quando a matéria não falta
quando a matéria não falta
é só delírio e febre alta.

E no delírio deste taita
tem até toque de anjo
na compostura do arranjo
soprado por uma flauta.

Foi a lua cor de prata
que hoje surgiu airosa
alumbrando minha prosa
com sonhares de sonata.

E o delírio se exalta
quando o violão se ajeita
ganhando a luz perfeita
pra brilhar em serenata.
 

                                Carlos Augusto Gantes




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