domingo, 30 de junho de 2013

Grande Nação

Participar, construir o dia-a-dia da nossa grande nação, com ações éticas mais do que apenas opinião.
Hoje podemos até opinar e quem faz bom uso dessa liberdade?
Lindo quando percebemos mentes brilhantes ao ponto de alcançarem a luz da compreensão mais ampla, que consegue considerar os fatos sem as dores da alma ferida.
Só a Educação pode superar egoísmo, intransigência, iscas fatais para a fragilidade que impede de pensar, que atrai a esperteza gananciosa estrangeira.
Como alimentar as mentes jovens – e as que mesmo os cabelos brancos não conseguiram ainda amadurecer – a fim de possibilitar-lhes a inclusão no mundo evoluído, generoso, acolhedor de quem ama com beleza, a ponto de compreender o grande esforço que vem sendo feito na última década pelo progresso de todos no Brasil?
Há que buscar as fontes amorosas da filosofia que recomenda fazer ao outro o que desejamos para nós, porque o magnetismo do universo determina que assim seja.
É urgente lembrar onde se encontra o Caminho, a Verdade e a Vida!
Nilda Elianete Miranda










quinta-feira, 13 de junho de 2013

Literatura Barroca



Prosa
Na prosa o grande expoente é o Padre Antônio Vieira, com os seus sermões, dos quais é notável o Sermão da Quaresma, onde defendia os nativos da escravidão. No mesmo tom é o Sermão 14 do Rosário, condenando a escravidão dos africanos, comparado-a ao calvário de Cristo. Outras peças importantes de sua oratória são o Sermão de Santo Antônio aos Peixes, o Sermão do Mandato, mas talvez a mais célebre seja o Sermão da sexagésima, de 1655. Nele defende os índios, por meio de hábil encadeamento de imagens evocativas. Sua escrita era animada pelo anseio de estabelecer zelo cívico e justiça, mas sua voz foi interpretada como uma ameaça à ordem estabelecida, o que lhe trouxe problemas políticos e atraiu sobre si a suspeita de heresia. Defendendo os cristãos-novos foi preso por dois anos, além de cassado o direito à expressão pública de suas ideias. Banido para o Brasil, encontrou a oposição dos colonos lusos, a quem desagradava que falasse pelos índios.[39] Seu estilo pode ser sentido neste fragmento:

"O trigo semeado pelo pregador evangélico, diz Cristo que é a palavra de Deus. Os espinhos, as pedras, o caminho e a terra boa em que o trigo caiu, são os diversos corações dos homens. Os espinhos são os corações embaraçados com cuidados, com riquezas, com delícias; e nestes afoga-se a palavra de Deus. As pedras são os corações duros e obstinados; e nestes seca-se a palavra de Deus, e se nasce, não cria raízes. Os caminhos são os corações inquietos e perturbados com a passagem e tropel das coisas do Mundo, umas que vão, outras que vêm, outras que atravessam, e todas passam; e nestes é pisada a palavra de Deus, porque a desatendem ou a desprezam. Finalmente, a terra boa são os corações bons ou os homens de bom coração; e nestes se prende e frutifica a palavra divina, com tanta fecundidade e abundância, que se colhe cento por um: