segunda-feira, 4 de abril de 2011

Continuando com FIGURAS DE LINGUAGEM

EUFEMISMO
Substituição de palavra ou expressão por outra mais agradável, para amenizar uma situação indesejável:
Ontem, Osvaldo partiu desta pra melhor.  
(em vez de "morreu")
 Este trabalho poderia ser melhor .   (em vez de "está ruim").

HIPÉRBOLE
Exagero, ênfase:
Eu já disse um MILHÃO DE vezes que não fiz isso!
Os atletas chegaram MORRENDO de sede.


ANTÍTESE
Aproximação de palavras de sentidos opostos:
Na ofuscante CLARIDADE daquela manhã, pensamentos SOMBRIOS o perturbavam.


Paradoxo
É a antítese extremada, em que duas idéias que se excluem são apresentadas como ocorrendo ao mesmo tempo e no mesmo contexto, o que gera uma situação impossível, uma idéia absurda.
  “Amor é ferida que dói e não se sente.
  É um contentamento descontente.”    Camões






ELIPSE
Omissão de um  termo facilmente subentendido em uma oração.
Exemplo: Ao redor, bons pastos, boa gente, terra boa para se plantar. (omissão do verbo HAVER)
Em "Canto triste" (música de Edu Lobo e letra de Vinicius de Moraes), há um exemplo de elipse:
"Onde a minha namorada?
Vai e diz a ela as minhas penas
e que eu peço, peço apenas
que ela lembre as nossas horas de poesia...".
 No trecho "Onde a minha namorada?", está subentendido um verbo ("está", "anda" etc.).
É bom lembrar que existe um caso específico de elipse, que alguns preferem chamar de "zeugma". Trata-se da omissão do verbo já citado na frase. É o caso, por exemplo, de "Ele foi ao cinema; depois, ao teatro".
Em "depois, ao teatro", não se repetiu a forma verbal "foi", expressa na primeira oração
 Há um caso específico de zeugma, que ocorre quando a palavra omitida tem flexão diferente da que se verifica no termo expresso anteriormente.
Exemplo: "Eu trabalho com fatos; você, com boatos".
Está subentendida a forma verbal "trabalha", flexionada na terceira pessoa do singular, deduzida de "trabalho", da primeira pessoa do singular.





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